Tuesday, March 29, 2011

Quilombolas terão 'censo nutricional'

São Luís, 28/03/2011
Governo deve iniciar, em abril, maior levantamento do país sobre situação alimentar das comunidades de descendentes de escravos

Leia também
Fome afeta 90% das vilas quilombolas

O governo federal deve começar a fazer, em abril, uma espécie de “censo nutricional” nas comunidades quilombolas — terras que agrupam descendentes de escravos refugiados. A pesquisa pretende visitar todos os domicílios de 173 territórios, pesar e medir todas as crianças menores de 5 anos e obter dados sobre acesso a alimentos, fome e inscrição em programas sociais.

O levantamento prevê uma bateria de 14 perguntas sobre a situação alimentar das famílias. Será verificado, por exemplo, se o domicílio já passou por algum tipo de privação por dificuldade de acesso a alimentos, se teve experiência de fome e se alguém deixou de comer uma das três refeições diárias. Haverá também questões sobre aleitamento materno e apoio durante a gestação.

Os técnicos vão coletar ainda informações sobre a existência de equipamentos públicos (escola, posto de saúde, centro de referência de assistência social) nas comunidades. Esse dado será colocado num mapa (georreferenciada) e cruzado com a localização dos domicílios, para verificar se o lugar da oferta do serviço coincide com o da demanda.

“É a primeira vez que se faz, nessa área, uma pesquisa tão abrangente”, afirma a diretora de avaliação do Ministério do Desenvolvimento Social, Júnia Quiroga. A pesquisa é financiada pelo MDS, em parceria com o PNUD, e conta ainda com apoio da SEPPIR (Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial), Fundação Palmares, Ministério da Saúde, INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) e CONAQ (Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas).

Os resultados da medição das crianças (chamado levantamento antropométrico) serão comparados com uma escala internacional, para averiguar se há déficit de peso e/ou altura — indícios de desnutrição. “O objetivo é identificar se há casos de desnutrição na primeira infância, para avaliar que tipo de intervenção pode ser feita”, diz Júnia. “É na primeira infância que se identifica a desnutrição crônica — aquela que, se não superada, deixa marcas por toda a vida adulta.”

A informação sobre acesso a programas sociais servirá para avaliar se é necessário expandi-los com mais rapidez entre os quilombolas ou se é preciso adaptá-los às características específicas dessas comunidades.

O governo fez um levantamento menos abrangente em 2003, em que foram coletadas informações sobre as comunidades, sem o caráter censitário da pesquisa que vai a campo em abril. Na ocasião, foi detectado que 129 territórios abrigavam pessoas que passavam fome e que em 126 a maioria das famílias vivia com renda de até 2 salários mínimos.

Desta vez, devem ser ouvidos todos os domicílios das 173 áreas quilombolas que receberam título de posse até outubro de 2009. Desde então, o INCRA concedeu o documento a outras sete comunidades.

A coleta de dados será feita pelo Núcleo de Pesquisas, Informações e Políticas Públicas, da Universidade Federal Fluminense, selecionado em processo licitatório organizado pelo PNUD. Cerca de 200 pesquisadores devem participar do trabalho — supervisores, entrevistadores e especialistas em antropometria, que vão ensinar os agentes de saúde das regiões mapeadas a medir e pesar as crianças corretamente. A expectativa do MDS é que o levantamento seja concluído em junho ou julho

Oficinas

Antes de os técnicos irem a campo, foram organizadas quatro oficinas com representantes das comunidades: uma em Brasília, em novembro (reunindo líderes de Centro-Oeste, Sul e Sudeste), outra em Belém, em fevereiro (com quilombolas do Amazonas e de áreas próximas da capital paraense), uma terceira em Santarém, no mesmo mês (com comunidades paraenses do baixo Amazonas) e a última em São Luís (MA), na sexta passada (25/3), com lideranças do Nordeste. A realização de dois eventos no Pará se explica: dos 173 territórios a serem pesquisados, mais de 100 ficam nesse estado.

As oficinas tiveram como objetivo preparar as comunidades para a entrada dos pesquisadores, explicando como a coleta de dados será feita, e discutir com os representantes como será a melhor maneira de disseminar os dados obtidos.

Monday, March 28, 2011

Você Pensa em Continuar na Sua Startup Daqui a 5 Anos?

Escrito em 28 março 2011 por Carlos Ribeiro

Vindo do Twitter? Não se esqueça de Twittar este post! Siga o @rwwbr no Twitter!
Related Posts

* Cidade do Conhecimento Apoia Projetos de Startups, Cidadania e Audiovisual Digital
* Alô Goiânia, o Startup MeetUp Está Chegando
* Chegou a 3ª Edição do Startup MeetUp Belo Horizonte
* Inscreva-se no Start-Up Chile! São 100 Vagas para Empreendedores Globais
* Começando uma Startup? Cadastre seu Projeto para Receber Mentoring e Financiamento da Aceleradora

Todo empreendedor sonha com o sucesso da sua empresa. Quem não quer ver sua empresa avaliada em centenas de milhões de dólares, ou até mais?

A fórmula do sucesso parece simples: tenha uma boa idéia, trabalhe duro, encontre o investidor certo, cresça, e bingo! o primeiro lugar é seu. É claro que com um pouco de noção da realidade, todo mundo sabe que não é tão fácil assim – mas o prêmio é grande, e para quem tem boas idéias e disposição, vale a pena tentar. O pior que pode acontecer é dar errado – e então, você tenta de novo (ou “pivota”, como diz o movimento lean).

O que pouca gente lembra é que o sucesso nem sempre vem rápido, e pode demorar anos, depois de um bom tempo de trabalho contínuo. O sucesso repentino do Angry Birds levou oito anos para acontecer. Então, a primeira pergunta é: você tem persistência – e paixão pela idéia – para esperar esse tempo todo? E se o sucesso não vier? Por incrível que pareça, essa talvez não deva ser a sua única preocupação.
Lições do Digg

O Digg surgiu em 2004 e logo se estabeleceu como uma força no mercado de Internet. O modelo de publicação de notícias, 100% baseado na indicação e votação dos usuários, se mostrou altamente escalável e alavancou o crescimento do serviço. Em 2008, o serviço quase foi comprado pelo Google por US$ 200 milhões, mas o negócio não foi fechado. Desde então o serviço foi perdendo espaço até que nesta semana (meio por acaso) veio à tona que Kevin Rose, o fundador do Digg, estaria saindo da empresa para iniciar uma nova startup.

O curioso na história é que pouco antes da revelação da saída de Kevin Rose do negócio, a mídia já tinha notado que ele estava se afastando do Digg, ficando mais ativo no Twitter do que no seu próprio serviço. E quando o fundador se afasta do seu negócio – ainda mais quando ele ainda é sócio e está ativo na direção da empresa – então certamente alguma coisa não está indo bem. O futuro do Digg agora é incerto, e uma startup que até pouco tempo atrás era sinônimo de sucesso pode estar indo para a vala comum dos negócios mal sucedidos.
Decidindo Sair

Vender um negócio por um valor milionário ou fechar um negócio que vai indo mal são apenas duas das possibilidades que uma startup enfrenta. No entanto, muitas empresas ficam no meio do caminho: geram resultados suficientes para operar de forma auto-sustentada, mas não o suficiente para mudar o mundo ou garantir uma aposentadoria tranquila. É aí que a mentalidade do empreendedor fica diante de um dilema.

Boa parte dos empreendedores sonha alto. Para alguns é o desejo de mudar o mundo, para outros a independência financeira (ou ambos). Mas é possível ter uma empresa sólida sem necessariamente atingir estas metas mais ambiciosas. A opção então é entre ser conservador e manter uma posição sólida, ou admitir que o projeto já chegou ao seu limite e partir para o próximo desafio.
O Papel do Empreendedor

O empreendedor não é apenas quem tem uma grande idéia. É a pessoa que consegue transformar esta idéia em realidade, e que para isso precisa conseguir engajar no processo investidores e usuários, sem os quais o negócio não existe. Acima de tudo, o investidor precisa ter paixão pelo seu negócio, paixão que é traduzida em horas de trabalho e muita paciência para aprender com os erros e se reinventar continuamente.

Os investidores colocam dinheiro no negócio, na confiança de que o empreendedor irá dedicar o seu melhor esforço para fazer a idéia florescer. Errar faz parte do risco do negócio, mas falta de compromisso é um pecado capital. E o mesmo ocorre com os usuários, mesmo que eles não tenham nenhum compromisso formal com o empreendedor. Uma saída precipitada ou mal conduzida pode criar junto ao mercado a sensação de falta de compromisso com o empreendimento, o que pode prejudicar projetos futuros.

É por isso que o empreendedor precisa avaliar continuamente o seu grau de envolvimento com o negócio. Se ao primeiro sinal de estabilização ou estagnação o empreendedor perder o entusiasmo, então é melhor se preparar para tomar uma decisão logo – antes que o próprio futuro do negócio esteja em risco.

O empreendedor pode ficar satisfeito em ter uma empresa bem sucedida, que pague as suas contas e permita dar emprego a algumas pessoas, de forma sustentável – e não há nada de errado nisso. Por outro lado, há empreendedores que pensam grande, para os quais o negócio só vale a pena se for relevante em escala global. Para estes profissionais, a idéia de continuar tocando o mesmo negócio anos a fio pode parecer um suplício. E da mesma forma, não há nada de errado nisso.

A partir do momento em que Kevin Rose perdeu a paixão pelo Digg, não fazia sentido continuar no negócio. Ele pensa grande e sonha alto, e vai tentar de novo, com outro projeto. Mas para cada empreendedor como ele, existem outros que encontram seu caminho tocando um negócio de menor porte. Saber em qual grupo você está ajuda a tomar decisões melhores, respeitando parceiros e clientes, que são a única coisa (além do seu sonho) que realmente importa neste processo.

E você, pensa em continuar na sua startup daqui a 5 anos?

Desafios na gestão

O Globo
Um dos pontos fundamentais da discussão política nos últimos anos, principalmente durante as campanhas presidenciais, tem sido o antagonismo entre o “choque de gestão”, que defende um Estado menos inchado e por isso mais ágil, com indicadores que meçam sua eficiência, e o Estado forte, que estende seus tentáculos em todas as direções.
A presidente Dilma Rousseff passou a campanha eleitoral garantindo que não faria nenhum ajuste fiscal, que seria desnecessário, e nos primeiros dias de governo já anunciou um inevitável corte de gastos, além de ter criado uma comissão coordenada pelo empresário Jorge Gerdau, para introduzir no governo o sistema de gestão por metas.
É justamente o caminho sugerido pelo trabalho conjunto do cientista político Fernando Abrucio, o coordenador do programa ‘Estado para resultados’ do governo de Minas Gerais, Tadeu Barreto, e o diretor da Macroplan, Gustavo Morelli, um dos capítulos do livro o livro “2022 Propostas para um Brasil Melhor no Ano do Bicentenário", que está sendo lançado na próxima quinta-feira no Rio.
Os autores apresentam uma agenda para o aperfeiçoamento da gestão pública no País, com o objetivo de corrigir fragilidades históricas ainda perceptíveis, de modo a conseguir que o Brasil possa crescer mais rapidamente de forma sustentável.
Complementando as análises dos cenários possíveis para o futuro do país, abrangendo os próximos 11 anos, quando o Brasil completará 200 anos de independência, o livro “2022 Propostas para um Brasil Melhor no Ano do Bicentenário", organizado pelos economistas Fábio Giambiagi , do BNDES, e Claudio Porto, da consultoria Macroplan, dedica esse capítulo inteiramente à questão da gestão pública, destacando a importância central de políticas públicas competentes para a superação de uma série de desafios nacionais.
Para os organizadores da obra, não há dúvidas de que alguns dos velhos dilemas e problemas da economia brasileira estão presentes no cenário atual e precisam ser enfrentados.
Leia a íntegra do artigo em Desafios na gestão
http://oglobo.globo.com/pais/noblat/post.asp?cx=0&cod_post=371228

Aprenda a negociar o seu pagamento

28/03/2011
Na quarta edição do especial freelancer saiba o que tem que ter em mente na hora de estipular o preço para seu trabalho
Um desafio para todo profissional que resolve trabalhar como freelancer é definir o preço que será cobrado por cada serviço realizado. Mesmo que não existam regras para a definição dos valores, é indicado o acompanhamento da prática do mercado de trabalho e o quanto os seus concorrentes estão cobrando. É importante também ter em mente na hora de negociar com a empresa contratada sua experiência anterior para conseguir bom salário.
Para isso tenha em mente que terá que negociar valores, vender um serviço diferenciado e mais eficiente com base nos seus conhecimentos anteriores. Não tema em colocar um preço que ache justo pelo trabalho que realizará, pois quem opta por receber qualquer salário não prejudica só a si mesmo, mas o próprio mercado em que está inserido.
Lembre-se que as empresas passam a desvalorizar serviços trabalhosos quando existem pessoas cobrando menos para fazê-los. Sem contar que empregados mal pagos não se sentem motivados para dar o melhor de si no trabalho. Estipule seu preço e não tema que a empresa não o contrate.
Quebre preconceitos e tenha em mente que quando se faz um bom trabalho com esforço e dedicação ele é produtivo para a empresa, dessa forma é possível cobrar um preço justo por ele.

Fonte: Universia Brasil

Thursday, March 24, 2011

Os primeiros passos para fazer cursos no exterior

Está pensando em estudar fora do Brasil? Veja 11 dicas de especialistas para se planejar

Amanda Luz, de Nova York

Antes de arrumar as malas, é importante planejar os detalhes do curso no exterior

São Paulo - Entre a ideia inicial e a chegada em uma universidade ou escola em outro país, muita gente se perde entre informações, documentos, malas e preocupações. Para que a preparação para o aperfeiçoamento profissional em terras estrangeiras seja o mais eficiente e prazeroso possível, especialistas apontam sugestões que podem salvar a praparação para uma viagem de estudo ao exterior.

1. Planejar antecipadamente

Deixar para resolver as coisas de última hora não é o mais indicado. “Todas as etapas precisam ser planejadas com cerca de 10 meses de antecedência para que sejam analisadas com calma e para que possíveis imprevistos sejam solucionados”, explica Ana Beatriz Faulhaber, diretora da CP4.

Quem pensa em fazer pós-graduação no exterior, precisa ficar atento às datas de início do ano letivo no país de destino, para dar tempo de resolver a documentação e testes necessários. Algumas datas, como para solicitar o visto de estudante, independem da eficiência e vontade do candidato e as filas de espera podem ser longas.

“A depender do curso e país escolhido, o candidato precisa estar estudando a língua estrangeira a pelo menos três meses antes do embarque, para ter o mínimo de conhecimento que o deixará confortável na viagem”, destaca Silvia Bizatto, gerente da EF Brasil.

2. Definir o destino e o objetivo da viagem

Um profissional que não tem fluência no inglês, por exemplo, pode escolher diversos destinos alternativos aos Estados Unidos para aprender a língua, como África do Sul e Ilha de Malta. Além disso, é preciso ter em mente desde o início se o mais importante para o aprimoramento profisisonal será fazer cursos de línguas ou cursar especializações na área.

Além disso, para Ana Beatriz, “o participante do curso deve refletir se para ele importará mais a instituição de ensino ou o destino e, a partir das suas próprias vontades, pesquisar a viagem mais próxima do perfil pretendido”.

3. Encontrar o curso ideal

Decidido o objetivo da viagem, o estudante precisa encontrar um curso no país ou instituição desejada que vai atender às suas necessidades e o tempo que tem disponível. Para isso, precisa decidir, entre outras coisas, se fará imersão intensiva ou se pretende fazer turismo.

“Algumas pessoas escolhem um curso intensivo para fazer durante as suas férias, mas podem se frustrar diante do pouco tempo restante para conhecer o país estrangeiro”, alerta Silvia.


O futuro viajante precisa colocar no papel as datas que dispõe, o dinheiro que pode investir na viagem, a intensidade e frequência do curso e também o tipo de acomodação desejado. Com base nessas informações, as chances dele encontrar algo mais adequado para o seu perfil são maiores.

4. Conversar com quem já foi

Para os especialistas consultados, procurar pessoas que já foram ao país e, se possível, à escola escolhida, é recomendável para quem se sente inseguro. “Pesquisar com conhecidos é uma boa forma de receber dicas personalizadas que você não encontraria facilmente em sites ou guias de viagem”, diz Silvia.

5. Dar preferência a escolas e agências credenciadas

Uma outra forma de garantir a segurança da viagem e do investimento é ir atrás de escolas e agências que possuem credenciamento em órgãos responsáveis no país de destino. Em geral, a informação é disponibilizada no site da agência ou organização.

No caso das agências brasileiras, o credenciamento é feito pela Belta (sigla em inglês para Associação Brasileira de Educação e Viagem de Línguas). Em outros países, há órgãos específicos que confirma a idoneidade das instituições. Na Inglaterra, por exemplo, os cursos devem estar associados ao British Council.

“Estudar em escolas e agências credenciadas no país de destino facilita até a retirada de visto e a passagem pelo setor de imigração no aeroporto”, explica Bárbara Lopes, consultora da Sprachcaffe International no Brasil.

6. Aguardar carta de aceitação da escola

O participante do curso precisa preencher a ficha de inscrição na instituição de ensino escolhida e aguardar a carta de aceitação que será, posteriormente, apresentada no consulado do país de destino.

No caso de cursos específicos ou pós-graduação, o futuro viajante deverá estar atendo à necessidade de fazer testes e provas (como o TOEFL, exame de proficiência em língua inglesa, por exemplo) que serão requisitados para a inscrição na escola.

7. Tirar o visto

Para não ter problemas na entrada do país estrangeiro, o estudante precisará procurar as recomendações necessárias de acordo com o país para ter permissão de estudo. Os documentos podem estar relacionados desde visto a exames, seguros de saúde e carteira de motorista internacional.

Quem não estiver com passaporte em dia, também precisará solicitar um passaporte com novo prazo de validade. Veja informações sobre passaporte no site da Polícia Federal.



O futuro viajante precisa colocar no papel as datas que dispõe, o dinheiro que pode investir na viagem, a intensidade e frequência do curso e também o tipo de acomodação desejado. Com base nessas informações, as chances dele encontrar algo mais adequado para o seu perfil são maiores.
Leia Mais

* 24/03/2011 | Hispânicos nos EUA atingirão 50 milhões de pessoas em breve
* 24/03/2011 | Hugh Laurie, o Dr. House, lança seu primeiro álbum
* 24/03/2011 | Quando um concurseiro tem direto à indenização?
* 22/03/2011 | Software promete detectar mentiras em entrevista de emprego

4. Conversar com quem já foi

Para os especialistas consultados, procurar pessoas que já foram ao país e, se possível, à escola escolhida, é recomendável para quem se sente inseguro. “Pesquisar com conhecidos é uma boa forma de receber dicas personalizadas que você não encontraria facilmente em sites ou guias de viagem”, diz Silvia.

5. Dar preferência a escolas e agências credenciadas

Uma outra forma de garantir a segurança da viagem e do investimento é ir atrás de escolas e agências que possuem credenciamento em órgãos responsáveis no país de destino. Em geral, a informação é disponibilizada no site da agência ou organização.

No caso das agências brasileiras, o credenciamento é feito pela Belta (sigla em inglês para Associação Brasileira de Educação e Viagem de Línguas). Em outros países, há órgãos específicos que confirma a idoneidade das instituições. Na Inglaterra, por exemplo, os cursos devem estar associados ao British Council.

“Estudar em escolas e agências credenciadas no país de destino facilita até a retirada de visto e a passagem pelo setor de imigração no aeroporto”, explica Bárbara Lopes, consultora da Sprachcaffe International no Brasil.

6. Aguardar carta de aceitação da escola

O participante do curso precisa preencher a ficha de inscrição na instituição de ensino escolhida e aguardar a carta de aceitação que será, posteriormente, apresentada no consulado do país de destino.

No caso de cursos específicos ou pós-graduação, o futuro viajante deverá estar atendo à necessidade de fazer testes e provas (como o TOEFL, exame de proficiência em língua inglesa, por exemplo) que serão requisitados para a inscrição na escola.

7. Tirar o visto

Para não ter problemas na entrada do país estrangeiro, o estudante precisará procurar as recomendações necessárias de acordo com o país para ter permissão de estudo. Os documentos podem estar relacionados desde visto a exames, seguros de saúde e carteira de motorista internacional.

Quem não estiver com passaporte em dia, também precisará solicitar um passaporte com novo prazo de validade. Veja informações sobre passaporte no site da Polícia Federal.

Monday, March 21, 2011

As lições de Jirau para o relacionamento das empresas com seus stakeholders

segunda-feira, 21 de março de 2011

Há muito, muito tempo bato na tecla da importância das empresas manterem um bom relacionamento com seus stakeholders. Eles hoje têm uma grande capacidade de impactar um negócio, seja auxiliando as organizações em uma melhor gestão do negócio, seja devastando operações.

Falar que stakeholders podem prejudicar uma empresa a ponto de comprometer sua produção pode parecer um tanto quanto trágico e distante. Distante? Exemplos como Minas Talco e Escola Base estão aí para quem quiser medir a força desse pessoal. E nestes casos, eles sequer estavam certos. Mas e quando briga é justa?

Na semana passada uma bomba relógio explodiu na região norte do país. Uma revolta nos alojamentos da obra de Jirau (ocasionada pela agressão de um motorista a um operário) ocasionou em dezenas de ônibus incendiados, assim como toda a área de lazer, lavanderia, escritórios e caixas eletrônicos. O resultado? Obras paralisadas e uma debandada dos trabalhadores a seus estados de origem.

Mais do que uma simples briga entre funcionários, a rebelião expôs um problema ainda maior numa das principais obras do PAC e coloca em xeque as obras de Santo Antônio e Belo Monte. Com preços considerados irreais para o mercado de fornecimento de energia, o consórcio Energia Sustentável do Brasil, capitaneado pela Camargo Corrêa, venceu a licitação para a construção da usina de Jirau, próxima ao Rio Madeira, em Porto Velho.

Acontece que para oferecer preços muito baixos e ainda assim ser economicamente viável, o consórcio foi “obrigado” a enxugar despesas consideradas fundamentais, como não dispor de um grupo de interlocutores que fosse voz ativa entre consórcio e funcionários, ou seja, não havia relacionamento com stakeholders. Além disso, leis básicas da justiça do trabalho, como pagamento de horas extras, eram ignoradas.

Com 22 mil funcionários, sendo 2/3 de fora de Rondônia, o caso também expôs o despreparo com a bomba já explodida. Sem alojamento, os trabalhadores foram conduzidos a um ginásio do Sesi na região. Obviamente não havia lugar para todos e muitos tiveram de dormir em colchonetes do lado de fora. Isso sem contar as condições precárias de higiene do local. Há, ainda, relatos de que não havia alimentação na quinta-feira.

Obras paralisadas, denúncia do Ministério Público, justiça impondo um TAC e multa pesada no caso de descumprimento, grande parte dos funcionários voltando para seus estados de origem e uma Camargo Corrêa em silêncio. O prejuízo dessa revolta? Não tenho ideia. O ocorrido vai impactar o preço de venda da energia? Também não faço ideia.

O que eu sei é que a Camargo Correa parece não ter a menor noção e/ou não teve a menor preocupação em fazer uma boa gestão de stakeholders. O problema poderia ter sido evitado? Certamente. E provavelmente com um custo que não chegaria a 10% do prejuízo que ela vai ter com essa história.

Wednesday, March 16, 2011

As 8 profissões mais requisitadas para o futuro

Saiba quais são as profissões que oferecem as melhores oportunidades no mercado de trabalho
Publicado em 15/03/2011Kátia KazedaniConteúdo do site NOVA

Profissionais da área de engenharia atuaram no planejamento, na construção e na manutenção de projetos de infraestrutura
Foto: Getty Images
Seu sonho é ser disputada pelo mercado? É claro que você pode chegar lá seguindo uma profissão clássica e dando duro para ser reconhecida, mas a escolha de certas carreiras pode encurtar o caminho. Os headhunters Fernando Mantovani e Marcelo Cuellar elegeram as profissões que serão mais requisitadas pelo mercado no futuro. Quem sabe uma delas não tem tudo a ver com você? Confira:

1. AGROECOLOGIA

Se você luta por um mundo mais sustentável e livre de agrotóxicos, vai gostar de saber que já pode transformar sua ideologia em trabalho. O profissional de agroecologia pensa e planeja sistemas de produção sustentáveis em todas as esferas: produtiva, ambiental, econômica, social, política e até cultural. Isso significa que você pode trabalhar na produção de alimentos orgânicos, propor formas de inclusão social de comunidades produtoras ou ainda atuar em reservas extrativistas de madeira certificada.

· Por que é promissora: "A humanidade se deu conta de que o futuro depende dos cuidados que temos com o ambiente, os alimentos e o desenvolvimento local", diz Eli Lino de Jesus, coordenador do curso do Instituto Federal do Sudeste de Minas Gerais.
· Formação: a graduação pode ser concluída em quatro ou cinco anos e é dividida em aulas teóricas e visitas técnicas.
· Média salarial: R$ 2 mil (recém-formado) e R$ 10 mil (após cinco anos de experiência).


2. EDUCAÇÃO ESPECIAL

Estar preparada ou preparar outras pessoas para atender alunos especiais: essa a missão desse profissional, que aprende a criar e implementar procedimentos que garantam o desenvolvimento dessas crianças e adolescentes. Você pode trabalhar em escolas públicas e privadas e em instituições como a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae).

· Por que é promissora: a inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais no ensino regular se tornou uma política nacional e o número de crianças com deficiência nas salas de aula regulares saltou rapidamente de 81 mil, em 2001, para mais de 380 mil em 2009. A demanda por profissionais preparados está crescendo muito.·
Formação: o curso tem duração de quatro anos, com atividades práticas desde o início e estágio supervisionado.
· Média salarial: R$ 1.800 (recém-formado) e R$ 12 mil (após cinco anos de experiência)


3. ENGENHARIA DE PETRÓLEO

Passar dias ou meses em uma plataforma em alto-mar, longe de grandes cidades, soa como uma aventura para você? O curso de engenharia de petróleo pode ter o seu perfil. Prepara o profissional para descobrir novas jazidas ou para a criação de equipamentos utilizados nas plataformas marítimas, nas petroquímicas e em refinarias. Outras frentes de atuação são a venda do petróleo para clientes nacionais e internacionais e estudos de logística.

· Por que é promissora: "Nos últimos anos, os investimentos para desenvolvimento de campos de petróleo aumentaram. E, com os reservatórios do pré-sal, surgiu ainda mais demanda por profissionais qualificados", explica Sérgio da Fontoura, coordenador do curso de graduação da PUC-RJ. A previsão da Petrobras é que os campos do pré-sal estejam produzindo, a partir de 2017, mais de 1 milhão de barris por dia.
· Formação: o curso dura cinco anos.
· Média salarial: R$ 5 mil (recém-formado) e R$ 17 mil (após cinco anos de experiência)

4. ENGENHARIA CIVIL

Alguns dias você pode passar trancada em uma sala apenas fazendo projetos. Em outros, põe a mão na massa, vai acompanhar a execução da obra e orientar a equipe. Os profissionais dessa área atuam no planejamento, na construção e na manutenção de projetos de infraestrutura, desde pontes, casas até estádios de futebol. Também podem trabalhar na área de transportes, hidráulica e saneamento.

· Por que é promissora: o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) deve injetar mais de R$ 500 bilhões em projetos de transporte, energia, saneamento, habitação e recursos hídricos. "Além dos programas do governo federal, eventos como os Jogos Olímpicos e a Copa do Mundo também exigirão profissionais qualificados", diz Michéle Dal Toé Casagrande, coordenadora do curso de graduação da PUC- RJ.
· Formação: normalmente com aulas em período integral, o curso dura cinco anos.
· Média salarial:: R$ 4,5 mil (recém-formado) e R$ 12 mil (após cinco anos de experiência)


A Gerontologia é o campo de estudos que investiga as experiências do envelhecimento
Foto: Dreamstime

5. GERONTOLOGIA

Procura garantir que a terceira idade tenha melhor qualidade de vida. "Estamos formando gestores da atenção ao idoso para as áreas de educação, saúde, políticas públicas e gerenciamento de equipamentos e programas", explica Mônica Sanches Yassuda, coordenadora do bacharelado da Escola de Artes, Ciências e Humanidades da Universidade de São Paulo.

· Por que é promissora: a expectativa de vida das brasileiras já chegou a 77 anos (a dos homens bateu os 73). De acordo com dados do Censo 2010 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, nossa população idosa passou de 14 milhões para 17 milhões na última década. E esse crescimento tende a ser contínuo.
· Formação: o curso dura quatro anos e o estudante faz estágios nas áreas social e da saúde desde o 2º ano.
· Média salarial: R$ 2,4 mil (recém-formado) e R$ 9 mil (após cinco anos de experiência)

6. GESTÃO DE ANÁLISE AMBIENTAL

Grandes empreendimentos necessitam de profissionais da área para as avaliações de impacto no meio ambiente, para monitoramento ambiental e para implantar sistemas de gestão verde. Segundo Marcel Okamoto Tanaka, coordenador do bacharelado da Universidade Federal de São Carlos, o profissional é responsável por planejar, implementar e controlar a gestão ambiental em escala local, nacional e global. Por exemplo, se você gosta de assuntos relacionados ao meio ambiente e de seres vivos e sua relação com o ser humano, bingo!

· Por que é promissora: a questão ambiental entrou definitivamente na agenda das empresas e do poder público. Por isso, existe grande demanda por profissionais que possam gerenciar projetos na área.
· Formação: em quatro anos, você está formada.
· Média salarial: R$ 3,8 mil (recém-formado) e R$ 12 mil (após cinco anos de experiência)

7. BIOPROCESSOS E BIOTECNOLOGIA

Desde criança você queria ser cientista e ficava criando experiências no seu quarto? Essa é a profissão ideal para quem gosta de inovação. O curso prepara o aluno para desenvolver produtos tecnológicos como medicamentos, vacinas, energia limpa, novas fontes de energia e produtos agrícolas e animais.

· Por que é promissora: "Com o rápido desenvolvimento industrial, vieram dois problemas: a grande poluição gerada por fontes não renováveis, como carvão e petróleo, e o risco de esgotamento dessas fontes. Por isso, profissionais capazes de criar produtos tecnológicos serão tão importantes", analisa Carlos Ricardo Soccol, professor da Universidade Federal do Paraná.
· Formação: o curso dura cinco anos.
· Média salarial: R$ 4,5 mil (recém-formado) e R$ 15 mil (após cinco anos de experiência)


8. COORDENAÇÃO DE MÍDIAS SOCIAIS

Esqueça a ideia de ser paga para passar o dia tuitando. Ser coordenadora de mídias sociais é bem mais complexo. Você pode atuar em duas frentes: uma passiva, que é monitorar o que os clientes postam e o que é falado sobre a marca na internet; outra ativa, que inclui manter um diálogo com os usuários. Segundo Júlio Figueiredo, coordenador da Pós-Graduação em Gestão e Marketing Digital da ESPM, quem quer atuar na era digital deve ter visão estratégica para planejar ações criativas de marketing.

· Por que é promissora: de acordo com a pesquisa "Mídias Sociais nas Empresas: O Relacionamento Online com o Mercado", 70% das empresas brasileiras utilizam ou monitoram o que acontece online. "Por isso, grandes agências de publicidade e grandes corporações possuem equipes para atuar nas redes sociais", diz Eric Messa, professor, em São Paulo.
· Formação: não existe uma graduação específica. Os mais cotados são da área de comunicação.
· Média salarial: R$ 2 mil (recém-formado) e R$ 11 mil (após cinco anos de experiência)

Tuesday, March 15, 2011

Sustentabilidade: Posigraf entra no mercado global de créditos de carbono por conquista da ISO 14064

Gráfica é uma das únicas do Brasil com um inventário de carbono certificado por selo de garantia internacional
A Posigraf, gráfica do Grupo Positivo, conquistou recentemente a certificação ISO 14064, que valida seu inventário de gases de efeito estufa de acordo com a metodologia do Greenhouse Gas Protocol (GHG Protocol). A auditoria foi realizada pela Aenor, certificadora espanhola credenciada.

Com isso, a gráfica torna-se uma das únicas do país com um inventário de carbono certificado por selo de garantia internacional. De acordo com o diretor geral, Giem Guimarães, a conquista demonstra o compromisso que a empresa mantém com o meio ambiente. “Essa certificação complementa nossas ações em favor da conservação da biodiversidade, que já são desenvolvidas há bastante tempo e vêm trazendo resultados cada vez mais favoráveis”, detalha. Com a obtenção da ISO 14064, a Posigraf poderá, a partir de projetos de redução de emissões de gases de efeito estufa, ofertar créditos de carbono voluntários a outras empresas e organizações, uma vez que todo o seu processo obedece às normas internacionais. Esta possibilidade faz parte de um movimento composto por diversos governos, mercados e sociedade para a redução das emissões de gases de efeito estufa.

Além dessa conquista, a Posigraf mantém outros programas que comprovam a atuação da empresa na conservação do meio ambiente. A campanha Carbono Zero Posigraf, implantada na gráfica em 2008, tem o objetivo de compensar as emissões de carbono dos seus processos produtivos. A compensação é realizada por meio da preservação de uma floresta de Araucárias, no Paraná. O projeto é realizado em parceria com a Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS) e segue padrões do GHG Protocol.

A gráfica paranaense possui ainda os certificados ISO 14001, Forest Stewardship Council (FSC) e Program for the Endorsement of Forest Certification Schemes (PEFC).

Posigraf
www.posigraf.com.br

Monday, March 14, 2011

Algoritmo de busca evolui para dar respostas

13 de março de 2011| 20h00| Tweet este Post
Por Redação Link
Por Steve Lohr*

Para humanos, a inteligência dos computadores é um mistério. As máquinas parecem ter dupla personalidade. Às vezes, são muito inteligentes. Às vezes, extremamente burras. No mês passado, o Google anunciou uma significativa revisão de seu algoritmo para ranquear os resultados de buscas. Segundo a empresa, o novo algoritmo rebaixa sites de má qualidade, criados principalmente para atrair tráfego e renda de anúncios. É um movimento para melhorar a qualidade da busca, mas também uma confissão do Google, o curador da internet, de que ele vinha sendo engambelado.

Uma semana antes, o computador Watson, da IBM, craque em responder perguntas, deu uma lavada em dois dos maiores jogadores humanos de Jeopardy, um jogo de perguntas e respostas popular na TV norte-americana. Ainda assim, em seu caminho para a vitória, Watson deu lá umas respostas absurdas, levando todos ao riso.

Os computadores são apenas tão espertos quanto seus algoritmos, programas de receitas de cálculo criados pelo homem, o bloco elementar do pensamento computacional. Quando um bom algoritmo roda em um computador poderoso, ele pode realizar façanhas incríveis. Mas algoritmos são em geral frágeis e simplórios, seguindo fórmulas, obstinadamente, como se usassem cabrestos. Eles podem ser surpreendentemente bons em tarefas definidas, como jogar xadrez. Mas são incapazes de processar coisas que humanos entendem sem o menor esforço, como nuances e senso comum.

Expandir os horizontes da inteligência dos computadores – mimetizando a compreensão humana – é um dos grandes desafios da ciência. O Watson da IBM e o algoritmo do Google destacam não só o ritmo cada vez mais rápido dos progressos mas também o quanto ainda falta a ser feito. Pesquisadores das duas empresas e um punhado de outros estudiosos estão nesse caminho. Em geral, eles focam na linguagem – coisas como programar computadores para reconhecer palavras e seus significado.

Pense nisso como a “Educação do Algoritmo”. As máquinas, desprovidas de conhecimento adquirido e da experiência de vida dos humanos, usam modelos estatísticos para chegar a resultados similares aos que as pessoas alcançariam, apenas de maneira diferente. Frederik Jelinek, um pioneiro do reconhecimento de voz, explica essa diferença em uma analogia com o ato de voar: “Aviões não batem as asas”.

Mas categorizar linguagem, com todas as suas sutilezas, continua sendo um formidável obstáculo para computadores. Por isso, o desafio de Watson foi infinitamente maior do que o aquele vencido por Deep Blue em 1997, quando o computador que jogava xadrez bateu o campeão mundial Garry Kasparov. “É muito mais difícil para um computador entender a linguagem no nível de uma criança de oito anos do que vencer o maior mestre do xadrez”, observou Oren Etzioni, cientista da computação na Universidade de Washington, em Seattle.

Os algoritmos são atalhos codificados para certos fins. Nas buscas ou no comércio, as prioridades são oferecer informação rapidamente e apresentar um potencial consumidor a um anunciante. Esses são fins perfeitamente práticos e objetivos, mas também bastante estreitos.

O Google pode ser tomado como um bibliotecário. Digite algumas palavras na caixa de buscas e ele retruca: “Eu não sei a resposta, mas tentaria esses sites”. E faz esse serviço em frações de segundo, dois bilhões de vezes por dia.

O algoritmo do Google, dizem os especialistas, é rápido e poderoso, mas razoavelmente previsível. Isso abriu a porta para empresários da web que querem fazer os seus sites “sugarem tráfego dos mecanismos de busca”, como disse Amit Singhal, um especialista em pesquisas no Google.

O Google não deu nome para nenhum dos sites de “baixa qualidade” que tinha em mente quando redesenhou o seu algoritmo. Mas os analistas concordam que o alvo pareciam ser as chamadas content farms, sites que dispõem artigos em listas, preenchendo-os com os termos mais procurados. O Essortment.com é um site que foi rebaixado depois que o Google anunciou a mudança, de acordo com a consultoria Sistrix. Um artigo típico, “25 coisas para se fazer com a sua namorada”, inclui dicas como “cozinhem juntos”, “corram uma maratona juntos”, “acampem” e “façam compras juntos”. E faz amplo uso de palavras muito procuradas, como “garotas”, “namoro”, “casamento”, “solteiros”. A página em que o texto está tem um bocado de anúncios.

Um algoritmo mais inteligente, Singhal diz, faz que o Google não caia mais nesses truques. “Os truques baixos serão reconhecidos como truques baixos”, garante.

O futuro de mecanismos de busca, como o Google ou o Bing, será explorar os avanços no processamento da linguagem para que virem máquinas de dar respostas – algo como o Watson, mas na forma de um serviço. Eles já caminham nessa direção. Digite no Google: “Qual o tamanho do Empire State Building?”. O primeiro resultado não é um link, mas uma resposta: 381 metros.

* Steve Lohr é repórter de tecnologia do New York Times

Wednesday, March 02, 2011

Empresas devem investir na inteligência coletiva, diz Gartner

O instituto de pesquisa lista seis procedimentos importantes para planejar ações em mídia sociais mais efetivas.
Por REDAÇÃO DA COMPUTERWORLD
02 de março de 2011 - 07h30

Para empresas, perder smartphone é pior que malware
Aprovação de licenças pode adiar oferta da GVT em SP para 2012
Finep prorroga inscrições para o 10º Seed Forum
F-Secure chega ao Brasil para explorar mercado de smartphones
Desenvolvido por:
Ações em mídias sociais falham porque algumas empresas não entendem como podem utilizar o canal para facilitar o comportamento coletivo. Essa é a conclusão que o instituto de pesquisas Gartner chegou após dez meses analisando 200 implementações de sucesso de mídias sociais.

O levantamento, intitulado Employing Social Media patterns for Business Impact: Key Collective Behavior Patterns, foi realizado para identificar como o comportamento coletivo pode ajudar a aprimorar a imagem da companhia. "A mídia social não é um fim, é um facilitador", afirma Anthony Bradley, vice-presidente do Gartner.

Para o instituto de pesquisas, examinar principais comportamentos provê uma visão crítica sobre a forma como as mídias podem agregar valor aos negócios. Organizações podem usá-los para verificar como o público-alvo se comportar e formular novas maneiras de interagir com elas.

"As empresas que compreendem a importância de aproveitar o poder de comportamentos coletivos para impulsionar mudanças positivas nos negócios serão bem-sucedidas no uso de mídia social", concluiu o Sr. Bradley. "Aqueles que têm foco na implementação de tecnologias de mídias sociais não se darão bem."

O Gartner lista seis comportamentos coletivos que as instituições têm de estar atentas para poder planejar ações de mídia sociais mais efetivas. Confira abaixo.

Habilitar inteligência coletiva para garantir eficácia operacional
A inteligência coletiva é o conjunto de contribuições da comunidade para o acúmulo do conhecimento. As empresas que buscam aprimorar a eficiência operacional interna por meio de colaboração, especialmente em relação à entrega do produto, atendimento e criação de memória coletiva, devem examinar blogs e wikis.

A pesquisa do Gartner indica que buscar inteligência coletiva para alcançar a eficácia operacional é uma das mais bem-sucedidas tendências da adoção da mídia social. Além disso, a inteligência coletiva é um dos padrões mais antigos e maduros, o que significa que o sucesso desse modelo é comprovado.

Empregar expertise para a eficácia das vendas
Esse ponto envolve conhecimentos específicos das pessoas e quantidade de conteúdo disponível. Organizações que buscam melhorar a eficácia das vendas devem examinar o potencial das redes sociais para verificar comportamentos associados aos produtos que são entregues, utilização dos produtos e serviços prestados ao consumidor.

O levantamento do Gartner indica forte adoção de soluções de CRM voltadas para mídias sociais. Assim, companhias identificam um pequeno número de consumidores ou clientes potenciais fora da massa no mercado que podem auxiliar na melhoria de um produto ou serviço ou ainda na experiência do cliente.

Estruturas emergentes para eficácia operacional
Estruturas emergentes são desconhecidas ou não planejadas antes da realização das interações sociais, mas emergem como atividade em expansão. O objetivo das estruturas emergentes é obter informações sobre a “natureza das coisas” para uma organização, gerenciamento e interação mais efetivas com a sociedade. Quando as empresas entendem o valor dos meios de comunicação social e ganham experiência inicial de sucesso em alguma ação, então as estruturas emergentes se tornam mais atraentes, e as chances de sucesso são maiores.
Aumento das vendas por meio do cultivo de interesses

Cultivar interesses é reunir pessoas e objetivos em comum com o objetivo de aumentar a comunidade de consumidores interessadas e expandir, assim, o nível de engajamento dessas pessoas. Companhias devem usar mídias sociais para mapear interesses coletivos.

O Gartner concluiu que as empresas que tiveram sucesso nas mídias sociais cultivaram interesses e obtiveram forte lealdade de clientes e aumentaram o envolvimento deles, levando a uma melhor consciência da marca e aumento de clientes e das vendas.

Envolver-se na coordenação em massa para obter respostas rápidas
A coordenação em massa envolve rapidamente as organizações em atividades com um grande número de pessoas por meio de mensagens curtas e rápidas que espalham de forma viral. Recém-adeptos de mídias sociais devem examinar a coordenação em massa para obter respostas em grande escala. Respostas emergenciais, campanhas de marketing e gestão de grandes programas são alguns cenários da coordenação em massa.

O instituto de pesquisas acredita que ao empregar a coordenação em massa, empresas podem obter respostas mais rápidas sobre um acontecimento importante. No entanto, é uma modalidade emergente e possui risco associados à sua imaturidade.

Alavancar o relacionamento para o bem da marca
Esse item possibilita obter valor a partir de um grande número de relacionamento. Companhias que buscam a partir de mídias sociais a percepção da marca e da eficácia das vendas devem examinar o potencial de alavancar o relacionamento do comportamento coletivo. Empresas que facilitaram o relacionamento obtiveram sucesso na percepção da marca e compromisso com o cliente.

Tuesday, March 01, 2011

Sustentável na prática

Últimas notícias do lixo

Algumas boas, outras nem tanto. As boas primeiro: muitos setores empresariais já estão se mexendo para adaptar-se à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que tem até junho deste ano para estabelecer metas de redução, logística reversa e reciclagem de rejeitos.

Neste mês, fabricantes de latas e a Associação da Cadeia Produtiva do Aço uniram-se para anunciar a instalação de um grande centro de reciclagem de embalagens metálicas na região metropolitana de São Paulo. É uma forma de organizar o setor, já que a reciclagem do material era feita informalmente.

Hoje 47% dessas embalagens são recicladas, mas a meta é aumentar o percentual para 70% em cinco anos. O projeto prevê melhor remuneração aos catadores e cooperativas, além de mais três centros de coleta a serem construídos em São Paulo.

Os fabricantes de embalagens de vidro também estão ativos e acabam de enviar ao Ministério do Meio Ambiente uma proposta de gerenciamento e reciclagem de seus produtos. A ação inclui a criação de uma entidade que administre as relações entre cooperativas de catadores, prefeituras e indústrias para organizar a logística reversa e destinação adequada desse material todo. Lembrando que metais e vidros são 100% recicláveis e voltam a ser embalagens, com a mesma qualidade. Por isso mesmo, o reaproveitamento desse material pode dar um bom lucro à indústria e, por tabela, ao meio ambiente.

Seguem na mesma toada o isopor e o alumínio. A reciclagem do primeiro saltou de 40 mil toneladas/mês, em 2007, para 400 toneladas mensais, em 2010, segundo o próprio setor. Ele é reaproveitado como matéria-prima para produção de plástico. Quanto ao alumínio 92% já é reciclado, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Agora a notícia que desanima: enquanto as empresas se organizam em torno de soluções práticas, as prefeituras brasileiras nem sequer conseguem implementar a coleta seletiva do lixo que colocamos na porta de casa.

E mais uma vez a capital paulista dá o mal exemplo. A Secretaria de Serviços da maior cidade do país informou neste mês que 48% das residências paulistanas (quase metade dos habitantes da metrópole) ainda não dispõem de serviço de coleta seletiva nos seus bairros. Para se ter uma ideia, segundo o próprio secretário, 10 das 17 toneladas de lixo recolhidas por dia em São Paulo é domiciliar.

Lembrando que a mais recente Pesquisa Nacional de Saneamento Básico do IBGE revela que só 994 das 5 564 cidades brasileiras contam com coleta seletiva. A pesquisa diz mais: no Norte e Nordeste ainda reinam os lixões a céu aberto. Preocupante.

Foto - Creative Commons

Carteira feita com fita cassete por Chezlin.


Fitas cassetes são reaproveitadas e transformadas em novos objetos
Postado em 28/02/2011 ás 11h50
(Imagem:craftster.org)

As fitas cassetes podem estar um pouco desatualizadas para arquivar músicas, mas isso não significa que reaproveitá-la esteja fora de moda. Existem diversas maneiras de transformá-las em algo útil e atual.

A artista americana Chezlin teve a ideia de criar uma carteira a partir de fitas cassetes. O objeto pode ser feito com zíper, armação de metal de um moedeiro velho ou botão, conforme mostrado na galeria.

Outra ideia bacana para reutilizar as fitas cassetes é transformá-las em caixas ou luminárias diferentes, como fizeram os designers da Transparent House. A junção de dezenas de fitas, dispostas de maneiras diferentes e atraentes resulta em caixas ou luminárias únicas.

Ambas são feitas amarrando-as firmemente com algum tipo de laço plástico. Quando iluminadas elas soltam uma luz especial. O design das fitas cassetes permite a passagem de luz, através dos furos, de uma maneira que não é preciso trabalhar com outros formatos mais sólidos. A peça lança sombras dramáticas em torno das superfícies.

Embora não seja uma coisa normal ter uma luminária de fitas cassetes, este tipo de reutilização adaptativa de aproveitar materiais e dar-lhes novo uso diminui a quantidade de lixo que vai para o aterro, caracterizando uma grande ideia.

A espanhola Vanessa Moreno Serna também desenvolveu algumas luminárias contemporâneas a partir de produtos reciclados de fita cassete. Ela varia no tamanho podendo ser utilizada como abajur ou luminária. Feita a partir de produtos reciclados, a criação é uma homenagem às fitas que marcaram e tornaram-se símbolo da geração dos anos 80. A fim de salvar as fitas e o meio ambiente, ela criou uma gama de produtos criados a partir deste material dando-lhes uma nova vida e novo significado.

Uma sugestão prática para as crianças, é a utilização das fitas na criação de pequenos caderninhos de desenho ou de anotação.

Redação CicloVivo

Sustentável na prática

25/02/2011 às 18:57
Últimas notícias do lixo
Algumas boas, outras nem tanto. As boas primeiro: muitos setores empresariais já estão se mexendo para adaptar-se à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), que tem até junho deste ano para estabelecer metas de redução, logística reversa e reciclagem de rejeitos.
Neste mês, fabricantes de latas e a Associação da Cadeia Produtiva do Aço uniram-se para anunciar a instalação de um grande centro de reciclagem de embalagens metálicas na região metropolitana de São Paulo. É uma forma de organizar o setor, já que a reciclagem do material era feita informalmente.
Hoje 47% dessas embalagens são recicladas, mas a meta é aumentar o percentual para 70% em cinco anos. O projeto prevê melhor remuneração aos catadores e cooperativas, além de mais três centros de coleta a serem construídos em São Paulo.
Os fabricantes de embalagens de vidro também estão ativos e acabam de enviar ao Ministério do Meio Ambiente uma proposta de gerenciamento e reciclagem de seus produtos. A ação inclui a criação de uma entidade que administre as relações entre cooperativas de catadores, prefeituras e indústrias para organizar a logística reversa e destinação adequada desse material todo. Lembrando que metais e vidros são 100% recicláveis e voltam a ser embalagens, com a mesma qualidade. Por isso mesmo, o reaproveitamento desse material pode dar um bom lucro à indústria e, por tabela, ao meio ambiente.
Seguem na mesma toada o isopor e o alumínio. A reciclagem do primeiro saltou de 40 mil toneladas/mês, em 2007, para 400 toneladas mensais, em 2010, segundo o próprio setor. Ele é reaproveitado como matéria-prima para produção de plástico. Quanto ao alumínio 92% já é reciclado, de acordo com o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).
Agora a notícia que desanima: enquanto as empresas se organizam em torno de soluções práticas, as prefeituras brasileiras nem sequer conseguem implementar a coleta seletiva do lixo que colocamos na porta de casa.
E mais uma vez a capital paulista dá o mal exemplo. A Secretaria de Serviços da maior cidade do país informou neste mês que 48% das residências paulistanas (quase metade dos habitantes da metrópole) ainda não dispõem de serviço de coleta seletiva nos seus bairros. Para se ter uma ideia, segundo o próprio secretário, 10 das 17 toneladas de lixo recolhidas por dia em São Paulo é domiciliar.
Lembrando que a mais recente Pesquisa Nacional de Saneamento Básico do IBGE revela que só 994 das 5 564 cidades brasileiras contam com coleta seletiva. A pesquisa diz mais: no Norte e Nordeste ainda reinam os lixões a céu aberto. Preocupante.