Thursday, November 04, 2010

Currículos equivalentes a currículos interativos/digitais – transformadores.

Postado por Cristina Jung em 19 outubro 2010 às 8:48
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Assumir o papel das tecnologias na educação é olhar para o ambiente global sem deixarmos de manter as convicções localizadas na realidade da escola, é poder adaptar novas informações e conhecimentos ao conteúdo disponibilizado e, atualmente lutando para ser compartilhado dentro das salas de aula. Adaptar o mais dinamicamente possível as bases contemporâneas do mundo globalizado é, sem sombra de dúvida, reconsiderar toda uma tradição fortemente enraizada no contexto escolar. A busca de novos currículos que se amoldem aos contextos históricos-crítico da humanidade e, ao mesmo tempo satisfaçam a demanda do conhecimento coletivo sempre emergente é uma árdua tarefa. Existe uma crise na identidade social, esta crise se amplia do estado para o educador e reflete no educando que perde o interesse no conteúdo ministrado em sala de aula, pois existe uma revolução científica e tecnológica, na qual ele, o educando tem o acesso, mas não vê ocorrer em sua formação básica.

O estudo de novos currículos, repito, se fará necessário para adequar o contexto do mundo educacional que precisa agregar para si o impacto da tecnologia nos âmbitos sociais, culturais e das relações que adquiriram uma nova perspectiva de “inter-pessoal”. Todas estas características de vida atual interferem diretamente na atitude do indivíduo e brotam com um novo sentido de relação ensino-aprendizagem, muito mais dinâmico, fluido e rápido. Tudo o que envolve a prática de educar é um processo, portanto, o currículo também se desenvolve por meio de um processo de ligação íntima entre a teoria e a prática. De acordo com Libâneo (2004) p. 168:

[...]o currículo define o que ensinar, o para que ensinar, o como ensinar e as formas de avaliação, em estreita colaboração com a didática.

Gosto particularmente do termo usado por Clara Pereira Coutinho[3]; Tecnologia Educativa – TE, onde a autora disserta sobre a importância da construção de currículos que se “cruzam” com a Tecnologia Educativa. Se refere ainda como a tecnologia como braço “operacional” da Educação. A análise da história curricular ocidental com a evolução das tecnologias é muito importante que se tome consciência do que é preciso ser estudado. A autora transita sobre caminhos emancipatórios e autônomos onde afirma que o professor é um coautor dos processos curriculares, trabalhando em equipes.

[...] neste novo contexto, o currículo adquire um caráter interdisciplinar conducente à remoção das barreiras disciplinares e constrói-se a partir da práxis, numa interdependência entre todos os atores sociais em que se reconhece, quer aos professores, quer aos alunos.” Coutinho(2006)

Eu ainda penso no currículo aliado a TE como uma nova proposta de recurso pedagógico, não como passageiro, ou mera ferramenta para alcançar os objetivos traçados em um currículo formal, mas sim como objeto de aprendizagem construído em processo mutável de acordo com a realidade contemporânea e instaurado definitivamente na Escola, dentro da sala de aula. Educação é comunicação e, para tal, hoje é necessário o aliar estudado e analisado das tecnologias, o uso de ferramentas simples, corretas e gratuitas já arrefecem superficialmente a necessidade de mudança. Já estabelecem uma nova relação com o saber, trazendo consigo o interesse do educando, pois se trata de uma sociedade do conhecimento sendo construída e emergindo informações para criar novos indivíduos. Por isso mesmo, mais importante do que incorporar pura e simplesmente a mídia e as novas tecnologias nas aulas é fundamental que o educador pense que tipo de cidadão que queremos e qual a formação cultural que a escolha vai resultar. (Coutinho, 2006).

Por meio do estudo e reformulação de um currículo é possível repensar no retomar da influência da Escola nas bases sociais e nas identidades culturais locais e em nível de aldeia global, é possível também diminuir as distâncias da inclusão digital e, acima de tudo, tomar consciência de que a “tecnologia age sobre a informação” (Castells, 2000, p.78) e vice versa.

Tags: currículo, educativa, educação, informática, tecnologia, tecnológica