Saturday, August 22, 2009

A ARTE DA REUNIÃO POLÍTICA.
Data estelar: Sol ingressa no signo de Virgem; Lua Nova será Vazia das 8h45 às 12h13, horário de Brasília.
Enquanto isso, aqui na Terra se um pouco de iluminação for pretendida nos meios políticos, então os humanos terão de exercitar-se na verdadeira arte de reunir-se. A hora da reunião deve ser considerada rara e profundamente valiosa e, por isso, não pode proceder na proximidade de hábitos brutais como fumar, beber, exceder-se na comida, fazer mexericos, censurar ou tomar atitudes ressentidas. Quando as pessoas se reúnem para tomar decisões importantes devem, em primeiro lugar, ficar quietas e em silêncio durante vários minutos e quem não encontrar força para tanto deverá, então, calar durante toda a reunião. Quem não domina a própria consciência não deve considerar-se apto para o governo e deve, por isso, passar a bola para frente.

Friday, August 21, 2009

Internet brasileira cresce 10% e chega a 36,4 milhões de usuários

20/08/09 - 12h20 - Atualizado em 20/08/09 - 12h42

Internet brasileira cresce 10% e chega a 36,4 milhões de usuários

Número de internautas refere-se ao ambiente residencial e de trabalho.
Se consideradas LAN houses e telecentros, total chega a 64,8 milhões.

Juliana Carpanez Do G1, em São Paulo

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Em julho de 2009, o número de brasileiros que usaram a internet em casa ou no trabalho chegou a 36,4 milhões, um crescimento de 10% em relação aos 33,2 milhões de pessoas que acessaram a web nesses ambientes em junho. Só no ambiente doméstico, a quantidade de internautas ativos ficou em 27,5 milhões -- 40,2 milhões de brasileiros vivem em residências onde há pelo menos um PC conectado, mas nem todos o utilizam.

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Se considerados também os acessos públicos (LAN houses, bibliotecas, escolas e telecentros), o Brasil conta com 64,8 milhões de usuários de internet com mais de 16 anos, também de acordo com dados do Ibope Nielsen Online.

“Esses 10% de aumento no ambiente residencial e corporativo indicam uma retomada do crescimento da internet, que há cerca de um ano e meio não era tão grande”, afirmou ao G1 o analista de mídia José Calazans, do instituto de pesquisa. Segundo ele, esse movimento está ligado à retomada da economia, que fez com que os brasileiros voltassem a comprar computadores e navegassem mais na internet.

No mês passado, o tempo médio de navegação por usuário, no trabalho e em domicílio, foi de 48 horas e 26 minutos. Se considerado também o uso de aplicativos (comunicadores instantâneos, tocadores de música, programas de download e de voz sobre IP, entre outros), o tempo chega a 71 horas e 30 minutos.

“No trabalho os internautas usam ainda mais aplicativos, como programas de comunicação instantânea, do que em casa”, compara Calazans. De acordo com ele, o ambiente profissional também deixa de lado sites como aqueles visitados principalmente por donas de casa e crianças. No local de trabalho, as páginas que recebem mais atenção são as de comércio eletrônico, viagens e de automóveis.

Segundo o Ibope Nielsen Online, o Brasil continua liderando o tempo de navegação nos ambientes doméstico e residencial. De acordo com a mesma medição, o país (com média de 48 horas e 26 minutos por internauta, em julho) ficou na frente dos Estados Unidos (42 horas e 19 minutos), Reino Unido (36 horas e 30 minutos), França (33 horas e 22 minutos), Japão (31 horas e 55 minutos), Espanha (31 horas e 45 minutos), Alemanha (30 horas e 25 minutos), Itália (28 horas e 15 minutos) e Austrália (23 horas e 45 minutos).

Thursday, August 20, 2009

Astrofísico faz balanço das contribuições do telescópio Hubble

Ciência

quarta-feira, 19 de agosto de 2009, 20:35 | Online

Equipamento será aposentado nos próximos oito anos, quando outro muito mais potente chegará ao espaço

Alexandre Gonçalves, de O Estado de S. Paulo

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O astrofísico romeno, Mario Livio

Arquivo AE

O astrofísico romeno, Mario Livio

SÃO PAULO - O astrofísico romeno Mario Livio realiza um balanço das contribuições do telescópio espacial Hubble, que será aposentado nos próximos oito anos, e dá detalhes do projeto James Webb: um equipamento muito mais potente que chegará ao espaço em 2014.

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No projeto desde 1991 - um ano depois do lançamento do telescópio -, Livio atuou como diretor da Divisão Científica do Hubble. Há dois anos é responsável pela divulgação das descobertas. Em visita ao Brasil para o lançamento da Agência Cultural Arena Ideias e para um ciclo de conferências no Planetário do Ibirapuera, Livio concedeu entrevista exclusiva ao Estado.

Quais foram as principais contribuições do Hubble para a ciência?

A descoberta mais importante foi a energia escura. Desde os anos 20, sabemos que o universo está expandindo. Mas, até 1998, acreditávamos que a velocidade de expansão estava diminuindo. O Hubble mostrou que está acelerando por causa da energia escura, uma força que atua sobre os astros. Não sabemos a origem dessa energia, mas vemos os efeitos. Há também outra contribuição importante: graças ao Hubble descobrimos a composição da atmosfera de alguns planetas fora do Sistema Solar. Identificamos substâncias como carbono, oxigênio e metano.

Houve cinco missões para consertar o Hubble. A última ocorreu em maio. Até quando vai funcionar?

O Hubble deve permanecer ativo por mais cinco anos. Talvez sete ou oito. Em maio, instalamos dois novos equipamentos: uma câmera capaz de registrar todas as frequências da luz - do infravermelho ao ultravioleta - e um espectrógrafo. Ao olhar para o céu, vemos o passado, pois a luz de uma estrela distante costuma demorar milhões de anos para chegar aqui. Com as câmeras do Hubble, podíamos ver galáxias com 1 bilhão de anos. Com a nova câmera instalada em maio, veremos imagens de quando os astros tinham apenas 600 milhões ou 700 milhões de anos. Ou seja, cada vez mais antigo e mais profundo em um universo com 13,7 bilhões de anos. O espectrógrafo nos ajudará a desvendar a composição e a estrutura de filamentos que ligam as galáxias. Sabemos que a maior parte da matéria do universo está nessa "teia cósmica", mas ainda há pouco conhecimento sobre ela.

Até agora, o projeto custou US$ 6 bilhões. Qual é a importância social de um investimento assim?

O Hubble realizou algo que nenhum outro experimento foi capaz de fazer. Levou o prazer das descobertas científicas para dentro da casa das pessoas em todo o mundo. Um exemplo banal: na capa de um dos álbuns da banda de rock Pearl Jam há uma imagem do Hubble. O projeto integrou a ciência à cultura. Pessoas que não se interessavam ficaram entusiasmadas com as novas descobertas. No próximo dia 9, vamos divulgar as fotos dos novos equipamentos instalados no Hubble. São lindas. Tenho certeza de que muitos brasileiros verão essas imagens no mesmo dia.

E quando o Hubble se aposentar?

Já estamos construindo o substituto: o telescópio espacial James Webb. Deverá ser lançado em 2014 e é muito diferente do Hubble. O espelho para captar a luz dos astros será maior: 6,6 metros. O do Hubble tem apenas 2,4. Além disso, o Webb não vai enxergar a luz visível. Registrará apenas as ondas com comprimento no intervalo do infravermelho, invisíveis aos nossos olhos. É a frequência da luz que chega dos lugares mais distantes do universo. Queremos observar os milhões de anos iniciais. Como o infravermelho é uma radiação quente, devemos evitar que o calor da Terra atrapalhe. Por isso, o Webb ficará a 1,6 milhão de quilômetros. O Hubble está a apenas 550 quilômetros de altura. Além disso, o infravermelho é capaz de atravessar a poeira do espaço. Conseguiremos ver melhor regiões "empoeiradas" como os berços de estrelas. Custará US$ 5 bilhões e, tenho certeza, valerá cada centavo investido.

Você escreveu um livro que, em breve, será publicado no Brasil: "Deus é um matemático?". Qual é a resposta a esta pergunta?

Não é uma questão simples. Antes de mais nada, não é uma pergunta sobre Deus, mas sobre a matemática. Como ela pode ser tão poderosa para descrever e, até mesmo, prever o que acontece e no universo? É algo que inventamos ou está lá fora e nós apenas a descobrimos? Em ambos os casos, surgem dúvidas ainda mais intrigantes. Se a matemática está só na nossa mente, como descreve tão bem o que acontece no universo? Se está lá fora no mundo, onde está exatamente? No meu livro, tento reunir reflexões de grandes matemáticos, filósofos e cientistas sobre esta questão.

E, para você, qual é a hipótese mais provável: está só na mente ou preexiste no mundo?

A matemática é uma compilação muito complicada de invenções e descobertas. Os homens inventam os conceitos. Mas depois descobrem como aplicá-los à realidade. Um exemplo: inventamos as regras do xadrez. Depois, realizamos verdadeiras descobertas sobre ele, coisas que não sabíamos quando formulamos as regras. A matemática é um pouco assim.

Mas de onde nasce a correspondência com a realidade?

A matemática que usamos para explicar a realidade não é arbitrária. Por exemplo, se quero inventar regras matemáticas para calcular quantos talheres coloco dentro de um copo, crio as regras de adição e subtração dos números naturais. Mas, se quero descrever qual o volume de água que consigo colocar no mesmo copo, seria inútil usar números naturais. A matemática que usamos para resolver problemas não é aleatória. Eu escolho a matemática que é capaz de resolver meus problemas reais.

Ao perguntar a origem das leis que vemos no universo, não caímos naturalmente na questão teológica?

Quando usei a palavra Deus no título do meu livro, imitei Einstein quando afirmava: "Deus não joga dados". Não era uma sentença sobre Deus, mas sobre o funcionamento do universo, que não é aleatório. Eu não acho que o universo tenha um propósito. O universo é governado por certas leis ou simetrias. Se o universo não fosse conduzido por leis ou simetrias, algo tão complexo como a vida não poderia ter surgido e não estaríamos aqui para formular esta questão. Sinceramente, não sei responder à pergunta: por que existem leis ou porque existem simetrias? Uma pessoa religiosa é livre para atribuir tal fundamento à Deus. Se você não é uma pessoa religiosa, dirá "eu não sei".

Fundos verdes precisam amadurecer

Quarta-feira, 19 de agosto de 2009, 03h00

O patrimônio dos sustentáveis corresponde a apenas 0,6% do total investido em fundos de ações no Brasil

Luís Eduardo Leal - AE

Quando um investidor ou gestor seleciona determinada empresa para a carteira de ações pensa, em primeiro lugar, no potencial de retorno. Nos últimos anos, contudo, uma nova percepção, de que a rentabilidade não pode estar dissociada de responsabilidade social, vem ganhando força, especialmente entre investidores institucionais, como fundos de pensão. No relacionamento com os acionistas, um número crescente de companhias, inclusive no Brasil, passou a desenvolver e prestar informações sobre iniciativas comunitárias, culturais ou ambientais.

Reproduzindo uma tendência já vigorosa nos Estados Unidos e na Europa, os gestores constituíram fundos, abertos também a pequenos investidores, que reúnem ações de empresas alinhadas com boas práticas de governança corporativa, inserção social e respeito ao meio ambiente - os chamados fundos éticos ou verdes, conhecidos em conjunto como fundos de responsabilidade social, que ainda engatinham no Brasil.

“Nos anos 70, Milton Friedman (ícone dos economistas neoliberais) dizia que a empresa que desenvolvesse ações ambientais além do que previa a legislação estaria praticando uma espécie de ‘socialismo’, contrário ao interesse dos acionistas”, observou o professor titular da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da USP, Ricardo Abramovay, em recente evento sobre fundos sustentáveis. “Crescer e distribuir renda é algo já percebido como possível. O desafio agora é compatibilizar esse processo com a preservação do meio ambiente, da biodiversidade. O meio ambiente sempre foi tratado como externalidade à atividade econômica”, acrescenta o professor, especialista em questões socioambientais.

Nos Estados Unidos, os fundos de responsabilidade social possuíam US$ 2,7 trilhões em patrimônio líquido em 2007 (último dado disponível), o equivalente a 10,8% da indústria de fundos norte-americana naquele ano, que totalizava US$ 25 trilhões. “Mesmo nos Estados Unidos, a maior parte dos recursos direcionados a fundos de responsabilidade social ainda provém de fundos de pensão, investidores institucionais, fundações e grandes investidores individuais”, diz o superintendente de renda variável da Itaú Unibanco Asset Management, Walter Mendes, que observa que a mesma tendência deve ser seguida pelo Brasil nos próximos anos. “Alguns fundos de pensão daqui, como a Previ, começam a dar atenção a isso.”

Mendes acrescenta que os fundos de responsabilidade social têm apresentado rentabilidade superior à média do mercado norte-americano. “Este não deve ser o primeiro critério de avaliação, mas o fato é que, nos Estados Unidos, o retorno tem sido muito bom, superior ao do S&P 500 [índice de referência do mercado acionário norte-americano]”, diz. “Tanto na crise como na recuperação do mercado, o Calvert Social Index (índice seguido pelos grandes gestores de fundos socialmente responsáveis) tem se comportado melhor do que o S&P 500.”

Nos Estados Unidos, quem investe nesses fundos não apenas pratica uma “boa ação”. Na verdade, está comprando também “boas ações”, como as de empresas envolvidas no desenvolvimento de tecnologias alternativas de energia que, em algum momento, significarão remuneração ao investimento dos que apoiaram a sua evolução. Mendes reconhece que esse fator pode limitar o potencial de crescimento do nicho no Brasil – as carteiras daqui estão mais associadas a princípios de governança corporativa e ao manejo dos efeitos colaterais da atividade empresarial do que propriamente à atividade-fim das companhias.

Confira os fundos disponíveis

“No Brasil, há ainda um número limitado de empresas elegíveis para as carteiras sustentáveis. Mas isso deve mudar com o tempo, especialmente com a chegada de novas empresas, por meio de IPOs (ofertas iniciais de ações, na sigla em inglês)”, diz o executivo, que destaca a Natura como empresa brasileira que conjuga responsabilidade social e ambiental com rentabilidade para o investidor.

Na gestão feita pelo Itaú Unibanco, qualquer inclusão ou exclusão de papéis da carteira sustentável precisa ser submetida, previamente, a um conselho consultivo formado por especialistas em questões socioambientais. E apenas as companhias do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), da Bolsa de Valores de São Paulo, são elegíveis. “Não há possibilidade de incluir ações de fora do índice para melhorar a rentabilidade”, afirma.

Segundo Mendes, existem apenas oito fundos sustentáveis no País (do Itaú Unibanco, Banco do Brasil, Bradesco, Caixa, Safra, HSBC e Real). O patrimônio líquido deles, somado, é ínfimo mesmo quando comparado ao dos fundos de ações: os sustentáveis correspondem a 0,6% do patrimônio líquido total dos fundos de ações que, por sua vez, equivalem a 11% da indústria de fundos no Brasil. O Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) tem sido superado pelos principais índices da Bolsa de São Paulo, o Ibovespa e o IBrX. Em 2009 até o final de julho, apresentou valorização de 29,87%, comparada a 45,85% do Ibovespa e de 39,47% do IBrX no mesmo período.

Na atual carteira teórica do ISE, as maiores participações relativas são das ações preferenciais do Bradesco (17,99%) e do Itaú (17,81%). As preferenciais da Cemig (4,95%), as ordinárias da Gerdau (4,45%) e as preferenciais da Telemar (4,14%) também são papéis de destaque no índice, que conta, ao todo, com 38 ações, 13 das quais relacionadas ao setor elétrico – um segmento considerado defensivo pelos investidores.

“Vai levar um bom tempo para que os fundos éticos e verdes ganhem algum destaque no mercado. Aqui, o investidor precisa fazer uma lição de casa anterior”, avalia o gestor de carteiras da Verax Serviços Financeiros, Pedro Lérias. “Embora muitos avanços tenham ocorrido nos últimos cinco anos, o investidor brasileiro ainda está fazendo a transição entre renda fixa e variável. Quando essa fase tiver sido concluída, aí sim começará a usar critérios mais diferenciados do que os atuais para definir o perfil de gestão e a natureza dos ativos.”

Quanto vale o clique em uma campanha na internet?

19 de Agosto de 2009

Quanto vale o clique em uma campanha na internet?

Quanto vale o clique em uma campanha online? Muito pouco, caso o impacto no comportamento do consumidor não seja monitorado, afirma Gian Fulgoni, presidente e fundador da comScore, empresa norte-americana de análise de dados sobre internet.

Nesta entrevista, Fulgoni fala um pouco sobre como a publicidade online deve realmente ser avaliada, assunto de sua palestra no Digital Age 2.0, evento realizado pelo Now! Digital, nos dias 26 e 27 de agosto, em São Paulo.

Um dos grandes argumentos da mídia online é oferecer mais dados e segmentação sobre o público que o anunciante deseja atingir do que qualquer outra mídia. As empresas realmente sabem como avaliar todas as métricas que a internet oferece?
As ferramentas de publicidade, por exemplo, podem mostrar o verdadeiro número de impressões de anúncios entregues. Mas se alguém quer saber se os anúncios foram entregues no alcance e na frequência planejados para a audiência desejada é preciso levar em conta os efeitos negativos da eliminação de cookies [arquivos gerados pelos sites, que monitoram a navegação do internauta, direcionam conteúdos e quantificam visitas a páginas web].

Dados da comScore e outras pesquisas mostram que 30% apagam cookies mensalmente. Neste caso, a ferramenta de publicidade vai entregar aquele anúncio repetidamente para a mesma máquina, inflando a freqüência e reduzindo o alcance (da campanha). Como resultado, o plano de mídia que é entregue de fato na internet pode variar drasticamente em relação ao que o que foi planejado.

Na sua apresentação durante o Digital Age 2.0, você vai falar a respeito do ‘real retorno sobre o investimento’ (ROI, na sigla em inglês) da internet. Como chegar a ele?
Para medir o verdadeiro ROI em uma campanha de marketing online é necessário olhar além dos efeitos imediatos e medir o impacto latente (as mudanças no comportamento do consumidor causadas pela exposição da publicidade com o tempo, como resultado do acúmulo da exposição de um anúncio). Além disso é preciso verificar as mudanças de comportamento que a publicidade causa no ambiente offline (em uma loja do varejo, por exemplo).

A pesquisa da comScore mostra que incluindo os dois itens citados acima, o verdadeiro retorno pode ser cinco vezes maior do que o imaginado pela análise imediata dos dados online. Mas para medir o verdadeiro ROI de uma campanha publicitária é necessário usar um painel do consumidor, no qual o comportamento pode ser acompanhado com o tempo de exposição à campanha. Não é possível fazer isso apenas usando uma ferramenta e um web site.

Em um post recente no blog da comScore você declarou que “nem tudo que pode ser medido importa”. Neste sentido, quanto tempo os modelos de publicidade baseados em cliques e banners sobreviverão?
Acredito que o custo por clique (pay-per-click) vai sobreviver nas buscas e em banners de resposta direta, onde é relevante. Mas para campanhas de marca, acho que a pesquisa conduzida pela comScore está ajudando a convencer o mercado de que o clique [em um banner, por exemplo] não é uma métrica relevante e que tendo em vista a média de retorno dos cliques em apenas 0,1%, está métrica é claramente equivocada.

Nossa pesquisa mostra que mesmo com um mínimo ou nenhum clique, os banners podem elevar a visitação de um site, bem como as vendas online e offline.

Em uma comparação com a mídia tradicional, você também comentou em seu post que o mercado online tem de caminhar “de volta para o futuro”. O que a internet pode aprender com a mídia tradicional?
Como disse o diretor de inovação digital da Procter&Gamble, Ted McConnell, a “P&G precisa entender o que diz aos consumidores, para quantas pessoas e com que freqüência.”

A internet precisa entender que se deseja aumentar os dólares investidos em campanhas de marca (nos Estados Unidos ela capta somente 5% deste orçamento enquanto fica com 30% da verba destinada a anúncios de resposta direta) deve usar informações de alcance e frequencia.

Campanhas de marketing na mídia social são menos mensuráveis ou os métodos aplicados para analisá-las é que estão incorretos?
Frequentemente as pessoas falam sobre “envolvimento” nas redes sociais. Acho que isso não diz nada sobre a capacidade de um anúncio na rede social modificar o comportamento dos consumidores. E isso é o que realmente importa e precisa ser medido – independente de onde as impressões de um anúncio foram exibidas.